quinta-feira, 16 de junho de 2011

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Armardilhas do tempo por: Márcia Toito


 Eu ainda vou descobrir porque você entrou na minha vida de forma tão devastadora e depois partiu sem ao menos dizer adeus. Fica aqui comigo a eterna sensação da tua presença. Ou esse cheiro de volta toda vez que o pensar é visitado pela sua imagem bonita. Esta mania que tenho de me culpar pelos erros dos outros. Fico achando que eu não devia ter falado ou feito sei lá eu o quê, quando na verdade você se foi porque quis e eu não poderia ter feito nada para impedir e nada do que eu tenha feito faria você partir se quisesse mesmo ficar perto de mim como sempre dizia. Hoje vejo o quanto de ilusão me invadiu e o poço que por aqui ficou quando a realidade voltou. É... eu me enganei. Pensei ter às rédeas, a batuta da orquestra, a regência do trono...Eu não tinha nada! Enganei-me comigo. Gostaria mesmo de te reencontrar. Só não nesta vida, pois sempre que te vejo a tristeza e a saudade são tão grandes que não me reconheço. Justo eu que sou tão alegre e não sei lidar com lamentos. O que eu quero é te ver lá na frente, quando eu for e voltar de outro jeito. É certo que, também você, diferente virá. Entretanto, algo perdido no tempo trará o entendimento necessário para que eu enfim compreenda que luz é essa que se apagou quando você decidiu não ficar.

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